Atelier / Loja

Travessa das Mercês nº 20 - Bairro Alto - Lisboa
Horário: de Segunda a Sábado, das 12h às 21h
O Projecto Nalua® é uma forma de evasão ao stress do quotidiano!
Cada peça criada é única e representa um Momento Diferente.

Tudo é objecto de mudança: as formas, as cores, os estilos e os materiais. Misturam-se técnicas e materiais tradicionais com os do século XXI… o resultado:

Algo que se transforma em Novo, uma Surpresa e um Sorriso.

xx

domingo, 22 de junho de 2008

Hiroshima meu amor

"Ela – Encontro-te.
Lembro-me de ti.
Quem és tu?
Matas-me.
Fazes-me bem.
Como havia eu de imaginar que esta cidade era feita á medida do amor?
Como havia eu de imaginar que tu eras feito à medida do meu próprio corpo?
Agradas-me.
Que acontecimento.
Agradas-me.
Que súbita lentidão.
Que doçura.
Não fazes ideia.
Matas-me.
Fazes-me bem.
Tenho tempo.
Peço-te.
Devora-me.
Deforma-me até á fealdade.
Porque não tu?
Porque não tu, nesta cidade e nesta noite, igual às outras ao ponto de nos enganarmos?
Peço-te…"
Marguerite Duras, Hiroshima meu amor
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"Marguerite Duras nasceu em Gia Dinh, na Indochina (agora Vietnam), em 1914, onde passou a infância e a adolescência. A autora irá ficar profundamente marcada pela paisagem e pela vida da antiga colónia francesa, frequentemente referidas na sua obra literária.
O seu pai morreu quando tinha quatro anos de idade, e a sua mãe, uma professora, lutou arduamente para criar três filhos sozinha. Durante a adolescência, Marguerite Duras teve um caso com um homem chinês rico e retorna mais tarde a este período nos seus livros (nomeadamente O Amante e O Amante da China do Norte). Aos 17 anos viajou para França, onde estudou Direito e Ciência Política no Sorbonne, formando-se em 1935.
Durante a II Guerra Mundial, marguerite Duras tomou parte da da Resistência Francesa, filiando-se também no partido comunista.

Duras publica os seu primeiros livros em 1943 e 1944, Os Imprudentes e A Vida Tranquila, respectivamente. A partir de 1959 começa também a escrever argumentos para o cinema, dos quais Hiroshima meu amor é sem dúvida o mais conhecido e marcante. Em 1950, com Uma barrangem conhtra o Pacífico, Duras esteve muito próxima de ganhar o Prémio Goncourt. É no entanto apenas 30 anos depois que a injustiça lhe é reparada, ganhando o prémio por unanimidade com o romance O Amante. É uma autora muito fértil, com uma obra literária vastíssima, desde os romances aos argumentos cinematográficos. Afirma-se sempre com um estilo de beleza inconfundível, num tom duro e denso, por vezes até um pouco inacessível, mas sempre numa expressão profundamente genuína e humana das paixões, grandezas e misérias da vida. Marguerite Duras é por excelência uma escritora da condição humana, mas contudo não procura utilizar a escrita como forma de redenção e/ou salvação; antes, a escrita é uma exigência urgente, um valor supremo em que reside, uma vontade bruta de falar de si. As suas obras estão repletas de descrições belíssimas e soberbamente envolvidas na ambiência exótica da paisagem oriental, não sem deixarem reconhecer uma intensidade angustiada e desesperada, oriunda de uma constante luta da autora com as questões do amor e da morte.

Durante a década de 1980, Marguerite Duras apaixona-se por Yann Andréa Steinner, um homem 38 anos mais novo. Duras viverá com Yann até à sua morte em 1996, mas não sem antes atravessar um duro período em que permaneceu junto do seu marido Robert Antelme, depois de este ter sobrevivido milagrosamente a uma captura pela Gestapo. Este período serviu de base para uma colecção de histórias curtas, intitulada A Dor (de 1985), um grito literário sobre a pressão sob que viveu."
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Eu amo este livro e este filme!
Com as cores do Japão entrego o meu tributo a Marguerite Duras e aconselho a quem não conhece, que se faça a si mesmo o favor de ler um pouco da GRANDE obra deixada por esta mulher ainda MAIOR.
As minhas peças chegam JÁ A SEGUIR...

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